Diabetes: como curar, como evitar?
O mundo todo está vivendo uma grande epidemia de Diabetes com altos custos para os países e as famílias. O nome da doença é Diabetes mellitus , que significa “urina doce”. Mas sabia que o diabetes tipo 2 e o pré-diabetes podem ser reversíveis? Conheça o trabalho do Instituto Aleema.
O diabetes, até algumas décadas atrás, era uma doença que só se descobria em sua condição irreversível, quando o indivíduo começava a ter muita sede, aumento da frequência e quantidade de urina, que atraia formiga por ser doce, um cheiro de acetona no suor, com acentuado emagrecimento e muita fome.
Descobriu-se, entre 1910 e 1920, que a causa é uma deficiência de produção de insulina pelo pâncreas que faz com que a glicose sanguínea obtida da alimentação fique elevada e saia pela urina. A perda da glicose na urina carrega junto nutrientes e líquidos o que aumenta o volume urinário, desidratando o organismo e causando sede aumentada. A consequência é um extremo estado de fraqueza, que se segue por coma e morte.
Tipos de diabetes
No diabetes tipo 1 ocorre a perda de produção de insulina pelo pâncreas, o que é causado por um distúrbio autoimune, ou seja, uma enfermidade na qual o sistema imunitário não reconhece células do próprio corpo, destruindo-as como se fossem agentes invasores. Neste caso, o sistema imunitário destroi as células beta do pâncreas. Esse tipo de diabetes geralmente surge na infância ou adolescência e acredita-se que tenha origem hereditária. O reconhecimento da instalação da doença, pelos sintomas de aumento da sede, do volume e frequência urinários, da presença de glicose na urina e a reposição do hormônio insulina com a regularidade e doses necessárias permite que os doentes possam levar uma vida hoje praticamente normal.
Já no diabetes tipo 2, de evolução não tão severa, a glicose sanguínea fica elevada, não por falta, mas devido a uma falha no funcionamento da insulina. Devido, principalmente, à má alimentação esta forma de diabetes está em franca expansão, aumentando sua incidência em todo os países. Nos últimos 30 anos o número casos de diabetes tipo 2 aumentou em mais de 100%, acometendo também crianças e adolescentes e gestantes e hoje é uma epidemia. No diabetes tipo 2 a glicose elevada provoca um aumento da produção de insulina o que forma um ciclo vicioso, onde glicose alta produz mais insulina. A falha na ação da insulina decorre de um estado inflamatório progressivo, mais lento que na lesão pancreática, causado pelo excesso de carboidratos na alimentação e pela obesidade.
Consequências
Glicose e insulina elevadas comprometem o organismo de diversas maneiras, principalmente aumentando a formação de placas de gorduras nos vasos sanguíneos.
A glicose elevada provoca uma glicação das lipoproteínas e da hemoglobina, um tipo de caramelização, que as torna agressivas para o sistema vascular e dificulta, por exemplo o transporte do oxigênio para os tecidos, provocando alterações inflamatórias nos nervos e pequenos vasos que compõem a microciculação, principalmente da retina, dos rins e das extremidades. Nas extremidades ocorre a perda de sensibilidade e dificuldade de cicatrização – doenças vascular periférica, qualquer ferimento que passa despercebido logo infecciona e pode sofrer gangrena. Nos olhos, a retina é prejudicada progressivamente levando à perda da visão. E, nos rins, a lesão vascular provoca a perda de proteínas pela urina.
Devido ao aumento de insulina, o diabetes tipo 2, frequentemente, associa-se a outras anormalidades, tais como a obesidade visceral, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a dislipidemia. Essas alterações evoluem insidiosamente afetando a macrocirculação, levando à cardiopatia isquêmica (infarto) e à doença cerebrovascular (derrame). Isso ocorre, porque dentre outros fatores, o tecido adiposo, engrandecido pela ação da insulina elevada funciona como um grande órgão endócrino, na medida em que as células gordurosas secretam hormônios e uma gama de citocinas inflamatórias que participam do processo que leva à lesão e ou entupimento dos grandes vasos.
Os estudos vêm demonstrando que a elevação da insulina em decorrência do aumento da glicose é mais grave para as doenças cardiovasculares do que a elevação da glicose em si. A duração da resistência a insulina, no chamado pré-diabetes, associado às alterações no colesterol, acentua o processo de entupimento da artérias.
Se 10kg de gordura de seu corpo de repente
voltassem a ser glicose, seu peso aumentaria 120 kilos.
O que está acontecendo?
As condições econômicas, de mercado e de hábitos de consumo vivenciados tanto pelo sistema de saúde como na sociedade demonstram que as medidas preventivas focadas na doença estão longe de obter resultados satisfatórios em termos de redução de doenças e agravos. De fato, segundo a Organização Mundial de Saúde, as ações de prevenção estão além da capacidade de sustentabilidade econômica do sistema de saúde da maioria dos países. O peso dos tratamentos recai sobre as famílias que vêm empobrecendo com os gastos diretos e indiretos, os custos tangíveis e intangíveis do adoecimento.
Também é preciso reconhecer que, embora exista uma informação midiatizada de que se deve cuidar da alimentação para evitar o diabetes e seus agravos, levar indivíduos começam a apresentar sinais de risco cardiovascular (aumento de peso, alterações na glicose e nos colesterol) a controlar a sua glicose é muito difícil, pois o quadro inflamatório insidioso implica um estado estresse mental e emocional, cansaço, desânimo e indisposição que favorecem o descuido com a alimentação e o sedentarismo.
Então o que podemos fazer?
Pois foi justamente com o objetivo de fazer frente a esta epidemia de diabetes e contribuir com a redução do adoecimento crônico da sociedade, que o Instituto Aleema foi criado para investir na educação para a promoção e proteção da saúde da saúde. Em nossa experiência, um processo educativo realizado em grupos permite o ambiente afetivo e de apoio, facilitador e estimulador da conscientização para as mudanças necessárias no estilo de vida com custos bem menores que tratamento da doença.
Obtivemos resultados efetivos e de forma duradoura ao capacitar as pessoas para a identificação e eliminação do principal fator causador do diabetes e da obesidade – a alimentação hipercalórica, rica em carboidratos refinados, açúcares, aditivos alimentares e gorduras trans.
O processo educativo favorece um novo olhar e postura diante do sistema produtivo e mercado de alimentos, prepara o indivíduo para escolhas conscientes e assertivas e desenvolve a autonomia para o cuidado e proteção da saúde. A habilidade e a prática do autocuidado proporciona condições orgânicas para a cura do diabetes ou a melhora a qualidade de vida em quadros da doença mais avançada. Cada pessoa habilitada, por sua vez, influencia seu meio familiar e contribui para a melhora da saúde familiar da comunidade.
Fazemos isso por meio do Programa Comunidades de Autocuidado. Inscreva-se para a próxima turma clicando aqui. Atendimento das 14h às 19h pelo 67 99822-4484 ou institutoaleema@gmail.com